sábado, 13 de junho de 2015

A propósito da polémica dos caracóis.

A propósito da polémica dos caracóis.

Comecei a pensar em tudo o que comemos e que não coloque em risco a vida de outro ser (animal ou vegetal), e deparei-me com o conceito nada novo de cadeia alimentar. Por momentos fiquei com dúvidas sobre o conceito. E fui rever a matéria dada consultado a Wikipédia... muito mais rápido e moderno que uma vulgar e pesada enciclopédia de papel.

"A cadeia alimentar é uma sequência de organismos interligados por relações de alimentação. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de um ecossistema, incluindo os produtores, os consumidores (herbívoros e seus predadores, os carnívoros) e os decompositores.

Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os consumidores. A transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica dos cadáveres e excrementos em compostos mais simples, num ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, diminuindo ao longo da cadeia alimentar (perde-se na forma de calor), não sendo reaproveitável. A energia tem portanto um percurso acíclico obrigatoriamente dependente da energia do Sol. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia.


A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas e algas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e bactérias)." Fonte Wikipédia

Decidi então mudar de filo e passar a ser um fungo (são decompositores)! Pareceu-me uma boa solução perante a impossibilidade de enquanto ser humana não comer outros seres vivos... nós as pessoas humanas e as outras também, estaremos sempre no topo da cadeia alimentar enquanto super predador (até ao dia em que der de caras com um tubarão, ou crocodilo... ai lá se esvai o estatuto entre os dentes do bicharoco).

Ora um fungo.. leveduras são fungos e já me imaginava a conviver com os meus amigos fungos num barril de cerveja ou pipo de vinho, respeitando a natureza e destruindo fígados de seres humanos..Ups até os fungos são perniciosos! Para complicar alguém me lembrou que o e pé de Atleta ou Tinea pedis (o latim fica sempre em, dá um ar erudito) é um fungo ... e lá se foi o glamour!

Então percebi que o marisco com frequência é cozido ainda vivo, o peixe morre asfixiado após ser pescado, e nem consigo imaginar o que se passará nos matadouros e aviários!

Talvez vegetariana.. mas não é que saiu um estudo a referir que as plantas sentem dor. Já estou a ver a mesma malta que agora saiu em defesa dos caracóis com um slogan: Gostava que lhe arrancassem um braço! Junto a cada árvore de fruto! Se o assunto fossem batatas, será mais: Gostava que lhe arrancassem um pé! Nem sei como serão os slogans para as alfaces, couves, tomates pepinos, melões, amêndoas, e demais elementos do mundo vegetal!

Desesperada saí de casa e fui a um Minipreço comprar "crepes dentelle" , deliciosos, chocolate negro e bolacha estaladiça...

A medo abri a caixa de cartão, enquanto antevia os gritos alucinados de alguém a dizer se eu gostaria de ser pinheiro e transformado em caixa... ou, o chocolate é feito de cacau (espero bem que seja) e se já imaginei a dor que infligiram ao cacaueiro ao arrancarem os grãos de cacau.... volto a olhar para o me pacote. ainda ninguém gritou... Lá se foram as bolachas de chocolate... e agora sou eu que vou gritar com a balança!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Instituto de Registos e Notariado de Bimby's

Algo de estranho se passa no mundo!

Na era dos robôs domésticos, a que eu aderi comprando um aspirador robô… e que feliz que eu estou com ele. Aliás os robôs domésticos vieram destituir os cães de melhores amigos do ser humano. Os meus melhores amigos são os robôs domésticos: máquinas de café com cápsulas que sujam o mínimo, aspiradores que vaguei pelas divisões da casa, reconhecem escadas e não caem…Estava tentada a investir numa Bimby até que…

Como muitos Portugueses tenho amigos que foram forçados a deixar o país em procura de trabalho…triste realidade para muitas famílias (apesar de agora o PM dizer que nunca sugeriu tal coisa… já marquei consulta num otorrinolaringologista, e num neurologista: ou ouço mal, ou memorizo mal, pois obviamente PM nunca daria o dito por não dito!). É neste triste cenário nacional que me tornei “fiel depositária de uma Bimby”, a precisar de assistência técnica.


Obviamente a minha amiga, nos poucos dias que passa em território nacional tem mais que fazer que andar a peregrinar pelas assistência técnicas de robôs de cozinha. O verdadeiro robô devia caminhar sozinho até à assistência técnica! Ou emitir um sms com coordenadas GPS,  para a assistência, e esta apareceria como por magia onde quer que nos encontrássemos, no país, no mundo ou no universo!

Desde Agosto de 2014 (estou em Junho de 2015) quase um ano depois, que ando a tentar chegar à loja de assistência autorizada, primeiro estava fechada para férias, depois abre das 10h às 18 de segunda à quinta-feira, sextas de tarde está fechada, ao sábado fechada está. Horário muito amigável para quem trabalha!

Finalmente, consegui! Cheguei à loja antes das 18h! Estava quase a atingir a suprema felicidade até que, expliquei ao senhor da loja que pretendia:  pôr a Bimby a reparar!

Concerteza, responde o funcionário solicito, preciso da identificação do proprietário do robô!

E nesse instante fiquei a saber que deve existir qualquer do género serviço de registos e notariado para Bimbys…Só pode! (ainda à poucos dias estive na loja do cidadão e não reparei mas certamente há um balcão novo da Vorwek, assim pertinho do balcão do registo automóvel e eu distraída não dei por nada!).

Esclareci que não possuía os dados do proprietário, a Bimby não é minha , mas de uma amiga que está em Angola. Mas o funcionário não desiste, lamento mas sem pelo menos o número de contribuinte do proprietário não posso aceitar.

Estarrecida, ainda tento argumentar que não é viável ligar para Angola naquele momento, que quando for levantar o robô logo levo os dados. Sem sucesso.

Quase em desespero, refiro, não me vai fazer telefonar para Angola, pois não! O funcionário permanece impávido e sereno, nem responde, mas lança um olhar como quem diz: Ladra de Bimby’s!
Argumentei ainda que o horário da loja tornava muito difícil levar lá o electrodoméstico! Sou repreendida: Robô de cozinha! Ok robô de cozinha replico quase capaz de cometer outro crime (sim recordo que para o funcionário eu já teria roubado a Bimby que pretendia colocar em reparação).

Minha senhora! Fazemos o horário e todas as lojas… Quais??!!! pergunto eu já capaz desesperada… Respiro fundo!

Ligo a partilha de dados do smartphone! Agradeço aos céus mais esta invenção tecnológica, e faço uma chamada via Skype para saber o contribuinte da minha amiga! Missão cumprida. O senhor introduz o número confirma que a Bimby está registada e vejam bem no nome do proprietário que eu tinha dado até coincidia!

E já com o sorriso tranquilo e simpático, o funcionário que finalmente percebeu que a Bimby  estava legitimante nas minhas mãos e não estava a falar com uma meliante,  pede-me o meu número de telefone para me dar o orçamento.

Momento da vingança: Ligue para Angola para a proprietária! E ditei o número começado por 244….
Mais uma palestra sobre envio de sms para o estrangeiro que novamente ele ganhou acabei por deixar o meu número!

E mais fácil deixar um carro na oficina que por um robô de cozinha em reparação… será que irão criar centros de inspecção de Bimby’s, seguros obrigatórios e um género de IUC???

Mas uma coisa é certa. Bimby só oferecida!  Obrigado senhor funcionário, conseguiu perder um potencial comprador!

Até à próxima aventura no mundo do consumo!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cenas com carros!

E assim se dá inicio a um projeto!

Vamos falar de coisas... afinal o que é um blogue senão falar de coisas...
E pensar que os outros querem ler o que nos vai na alma!

Não custa tentar!

Hoje a conversa é: Mas que raio é que se passa na cabeça dos homens quando o assunto é condução e  avarias de carros!!!!

Esta semana reparei que o meu carro tinha um médio fundido! Chego a primeira oficina que encontro, perto da hora de encerramento.

Educadamente pergunto se ainda podem resolver o problema: Claro menina!

O meu cérebro começa logo a pensar quando é que vou deixar de ser menina... já passei os 20..os 30..os 40.. e continuo a ouvir menina com um ar paternalista, emitido a maior parte das vezes por pessoas mais novas que eu!

Coloque o carro cá dentro, consegue? O meu pensamento controla-se a custo, em primeiro lugar o carro já está lá dentro, junto à entrada mas dentro da oficina, em segundo lugar por que raio eu não conseguiria colocar o meu carro numa espaçosa oficina cujo portão tem espaço para alinhar dois carros! Eu só conduzo um!


Dedicam-se com afinco à laboriosa tarefa que é mudar uma lâmpada, os carros hoje em dia são tão compactos que sem dúvida é uma tarefa que dá luta. Já estão dois profissionais especializados a tentar perceber como se chega à lâmpada! E assim se passam 20 minutos. Mas o problema é resolvido.

Vou pagar!

Enquanto dois profissionais altamente especializados lutavam com a minha viatura... Foi estacionado atrás do meu carro, uma carrinha da própria oficina. Desta forma o espaço disponível para sair com o meu carro fico bastante limitado.

Acabo de pagar, número de contribuinte, fatura (os  pagamentos transformaram-se numa eternidade, quase que se pode desidratar enquanto se efetuam pagamentos!).

Aproximo-me do meu carro e começo a tirar medidas, tentado avaliar se o meu carro conseguirá sair pelo espaço que ficou livre, após o estacionamento da tal carrinha.

Lá surge um profissional solicito. Ó menina (outra vez) quer que eu tire o carro?... Na dúvida respondi que sim, Afinal se fosse ele a bater pagava os estragos (estava ao serviço da oficina).

Diligentemente entra no carro, abre o vidro, e grita cá para fora para um colega: Ó fulano tira a nossa carrinha que este carro não passa!

Perante isto exclamei em voz bem alta: Assim também eu tirava o meu carro!

Fui fulminada pelo olhar do mecânico, e acho que será mais saudável para o meu carro nunca mais ir lá mudar lâmpadas ou qualquer outra coisa!

Até à próxima aventura no mundo do consumo!